terça-feira, 23 de junho de 2009

Hoje dei comigo a pensar nas nossas intermináveis conversas e lembrei-me das vezes que discutiamos o que era o amor... o que era amar...
Quantas vezes me perguntaste o que era para mim amar e ser amada, se já tinha amado alguém e se já tinha sido amada...
Com 16/17 anos a experiência era básicamente nula e eu respondia-te sempre com um sorriso e com o "sei lá" que te irritava tremendamente.
Agora com 33 anos, acho que já te daria uma resposta diferente... provavelmente no final da minha explicação filosofica do que é para mim amar tu me olhasses, coçasses o queixo e deixasses cair :" criatura estranha tu és", como sempre me dizia quando me aventurava pelos caminhos do coração.
Imagino-nos sentados na mesa do café, após um longo silêncio dos que costumavamos fazer, era fantástico como conseguiamos estar horas sentados a uma mesa de café, sem trocar uma palavra, e com apenas um olhar e um sorriso comentarmos entre nós o que nos rodeava.
Pois bem, e tu agora perguntavas-me... O que é amar?
Ao que te responderia o que agora sei explicar por palavras:
Amar é eu ser tu, é seres eu... não é completar... é integrar... não é falar, explicar... é olhar e ter dito tudo... é permanecer em silêncio e sentir... é partilhar a lua, o sol, as estrelas... é saber o que diz sem ter que o dizer...
Amar não é ser um, mas sermos muitos...
É eu "ser-te" feliz porque tu " me és feliz"
Amar é eu ser tu e tu seres eu...

Se me perguntasses de novo ao fim destes anos se já amei e fui amada... Não ...
Não amei nem fui amada...
Nao como eu acho que se deve amar...

Sim eu sei... " Criatura estranha eu sou..."

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