quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Será que me protejo, que me escondo ou que fujo?
Será que enfrento... sei que tenho forças, sei que posso e consigo enfrentar tudo... mas será que tenho vontade?
Será que trilhar um caminho solitário por entre pontos de interrogação, por entre indifereças, angustias, palavras perdidas é o caminho a seguir?
Vagueio sem sentido pelas estradas calcetadas do meu mundo... percorro avenidas, espreito vielas...
Procuro, sem efeito, aquele letreito luminoso que pisca incessantemente e que diz: "SOLUÇÃO"...
Era bom que assim fosse... mais uma viela estreita e escura, mais um caminho sem saída...
Algumas levam-me até ao passado... um passado muito longinquo, onde a 1ª decisão que tomei na vida, desencadeou tudo o que ela foi ate agora...
Mas... quem vive do passado são os museus... e eu quero percorrer a avenida, que me conduz ao futuro... aquela que se torna eterna...
Vejo rostos, muitos rostos nas copas das árvores que ladeiam a minha avenida... muito poucos são os que me fazem sorrir, uns são constantes, outros passageiros... uns apenas bocas, outros apenas olhos... raros os que têm ouvidos...
Tenho frio... á minha frente, inexplicavelmente, apresenta-se aquela que foi a minha companheira durante quase toda a minha vida... a minha capa... olho-a, toco-a... percorro com os dedos toda a confiança que me dá... toda a solidão que me dá... os sorrisos falsos, as lágrimas escondidas, a preocupação despreocupada... o meu mundo num mundo que não é meu...
Não estou só... será que me assiste o direito de a usar?

Até...
Carolina