quinta-feira, 6 de junho de 2013

Tudo o que tem um inicio, tem sempre um fim...
A única diferença está na rapidez com que isso acontece...
Porque quando um não quer... dois não dançam...
E a vida continuará... Memórias são guardadas... 

Se a felicidade não tá num caminho duro de percorrer... a montanha não foi uma boa escolha...

Até...

Ah! e faz o favor de ser feliz :)

terça-feira, 23 de abril de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

sexta-feira, 8 de março de 2013




Eles não sabem, nem sonham, 
que o sonho comanda a vida. 
Que sempre que uma mulher sonha 
o mundo pula e avança 
como bola colorida 
entre as mãos de uma criança...


Retrato de Mulher Triste

Vestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.

Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.

Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.

Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)'


Sonha amor! Que o teu sonho comanda a minha vida.

Amo-te Sunshine!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Conta Comigo


Conta comigo sempre. Desde a sílaba inicial até à última gota de sangue. Venho do silêncio incerto do poema e sou, umas vezes constelação e outras vezes árvore, tantas vezes equilíbrio, outras tantas tempestade. A nossa memória é um mistério, recordo-me de uma música maravilhosa que nunca ouvi, na qual consigo distinguir com clareza as flautas, os violinos, o oboé. 

O sonho é, e será sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam o pão amadurecido da dúvida e a carne deslumbrada das pupilas. Estou entre vazios e plenitudes, encho as mãos com uma fragilidade que é um pássaro sábio e distraído que se aninha no coração e se alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do sofrimento. 

Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas, ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até o que é indivisível. Tu sabes onde estou. 

Sabes como me chamo. Estarei presente quando já mais ninguém estiver contigo, quando chegar a hora decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga coragem vacilar. Caminharei a teu lado. Haverá, decerto, algumas flores derrubadas, mas haverá igualmente um sol limpo que interrogará as tuas mãos e que te ajudará a encontrar, entre as respostas possíveis, as mais humildes, quero eu dizer, as mais sábias e as mais livres. 
Conta comigo. Sempre. 

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'