sábado, 30 de maio de 2009

QUERO

O dia esteve quente... e a noite promete...
O calor aperta... o desejo desperta...
Vejo o teu olhar, lembro o teu sorriso...
Penso nas tuas mãos em mim,
No toque suave da tua boca,
No calor do teu carinho...
Anda...
Quero as tuas mãos atrevidas nos meus detalhes perdidos...


terça-feira, 26 de maio de 2009

Retalhos

Gente
Quero ser como a água
Que corre e descansa
Quero ser como o rio
Que espelha e balança
Como o vento que empurra
Tudo á sua frente
Não quero ser ninguém...
Apenas quero ser gente.





Hoje
Ter no regaço o afago
No colo o suspiro
Ter na pele o calor
No silêncio o amor
Ver-te no cinzento do mar
Na chuva que me molhar
Sentir-te a navergar...
No sal do meu olhar...



Afago
E eu ia... Caminhava
Pés descalços pela areia
Sentindo bater leve o mar revolto
Sonhando...
Sorrindo
Tendo na ideia
Aquele afago...
Aquele colo...
Aquela teia...


Até...

A Idade dos Porquês..

Voltou
Sem avisar...
Sem saber se podia... Ou devia...
Sem reparar no estrago, na angustia que trazia.
E a vida gira, e o tempo passa
E ela fica...
Porquê eu? Porquê assim?
E os porquês não param
E rodam como a roda da má sina
E o mundo Impávido Vai quebrando
Os meus sonhos de menina.
Mas porquê?
Porquê pensar, perguntar?
Porquê combater se ela voltou?
E recordo com amor...
Os meus tempos de menina
Na Idade dos Porquês.

Até...

Coincidências

"Hoje vou por ali"
Coincidência... Destino...
Um acaso...
Um simples acaso que pode mudar o rumo de uma vida...
Serão coincidências? Será destino?
Não há coincidências...
Até...

domingo, 24 de maio de 2009

Momentos

Um sorriso e seu retorno…
Uma troca de olhares…
Um carinho feito a medo…
Palavras sussurradas…
O entrelaçar dos dedos…
São momentos…
E os momentos são Eternos…

Até…

terça-feira, 12 de maio de 2009

Facadas

Um dia ao passar em frente a uma loja, chamou-me a atenção uma folha A4, colada no vidro, manuscrita e com uma letra muito certa e redondinha.
Parei por momentos para ler o que dizia. Sem saber ia ter uma lição que mais tarde iria dar aos meus filhos. O que dizia era mais ou menos o seguinte:

Tendo o filho um feitio extramemente agressivo quando as coisas não lhe corriam de feição, o sábio pai comprou um conjunto de punhais, e chegado a casa ofereceu-o ao filho, dizendo:
"Cada um destes punhais representa as más palavras que me dás a cada acesso de raiva que tens, ou cada vez que fazes algo que me magoe", o filho, olhava espantado para o pai, sem perceber o que este lhe queria transmitir, e o pai calmamente continuou a falar: "cada vez que estiver eminente um acesso de raiva ou que faças algo que sabes que me vai magoar, espetas um destes punhais naquela porta, como forma de conter a raiva, e quando finalmente aprenderes a controlar a raiva e a não magoar os outros, vais retirar todos os punhais da porta"
O filho anuiu e começou a fazer o que pai lhe tinha pedido. Passado um ano o pai chegou perto do filho e disse: " Parece-me que finalmente controlaste a tua raiva, as tuas palavras e actos que tanto me magoaram. a porta, na qual espetaste os punhais representa o meu coração. Agora vais retirar todos os punhais da porta". O filho, intrigado, começou a retirar todos os punhais da porta, e no final olhou para a porta com todas aquelas marcas da sua ira, e egoismo. O pai, pegou numa espatula, num tubo de massa e disse ao filho para cobrir todas as frestas da porta, criadas pelos punhais. No final, o pai calmamente, olhou o filho nos olhos e disse: " A porta mantem-se em pé, mas nunca será a mesma... o mesmo se passa com o meu coração, as feridas que nele deixas podem fechar, mas a sua marca nunca desaparece."

E é assim na vida... magoamos e somos magoados, e raramente nos lembramos de que a marca fica sempre, e dói sempre...
Por muito que consigamos perdoar, nunca conseguimos esquecer.

E abrindo todas as frestas saradas do meu coração apenas digo: Não quero sofrer mais...

Até...

Aprender

Quando nascemos, sem saber nada de nada, logo alguem nos ensina que qualquer coisa é errada...
Crescemos... ensinamentos, proibições... tudo para viver correctamente em sociedade...
Será que não valerá a pena ensinar a não sofrer?
Era tão valioso ensinar a não sofrer...
Até...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Retalhos

Sorriso
Trago um silêncio profundo
Preso dentro do meu peito
Sinto que as voltas do mundo
Para mim vão a direito...
Tenho o mar no meu regaço,
Humor que vai e que vem
Como ondas solitárias,
Perdidas sem ter ninguém...
Sinto na pele a alegria,
O amor e a solidão,
Só queria ter companhia...
Para não sorrir em vão...



Lágrima
Quando o mundo nos foge debaixo dos pés...
Quando a alegria de ontem se esvai
E sentimos na boca o sal que nos sai da alma...
Que fazer senão recordar a alegria de ontem...
E o sabor doce de um sorriso amigo...


Até...

Palavras e Silêncios


São como um cristal,as palavras.
Algumas um punhal,um incêndio.
Outras orvalho, apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos, as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes, leves.
Tecidas são de luz e são a noite.
E mesmo pálidas, verdes paraisos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas,
Nas suas conchas puras?


Eugénio de Andrade, "Coração do Dia/Mar de Setembro

Há palavras, há silêncios... coisas ditas e não ditas, que nos tocam, nos reprimem, nos acordam, sobressaltam...
Há palavras, há silêncios... antes caladas, antes ditos, nos transformam sentimentos, nos esfumam sonhos feitos...
Há palavras, há silêncios... escolhas feitas a duvidar, caminhos traçados a alterar...
Ah palavras... Ah silêncios...
Quem vos diz e quem vos faz...
Quem vos ouve, quem vos sente...
Não é ninguem... Apenas gente...

Até...

sábado, 9 de maio de 2009

A noite é minha... É quando ela cai que me descobres...
É nela que te aqueço e que te arrefece o gelo do teu fiel companheiro.
Nego umas solitárias horas de escuridão, anseio a luz, o vicio do dia-a-dia...
A mente desperta, vazia do torpor do alcool...
Povoar tormentos, viver angustias, medos, provações...
É na escuridão que se descobre a luz do prazer.
É nela que sentes na pele a frecura de uma lágrima que percorre cada recanto do teu corpo...
É nela que sentes o mar preencher cada pedaço de ti...
É nela que te deleitas com o olhar lânguido da lua
É nela que sentes a boca que te percorre procurando algo mais...
Pedindo tudo o que tens para dar
É nela que atinges por fim o derradeiro suspiro...
E quando o teu corpo sem forças Descansa coberto de todo o prazer...
Sentes que te elevas além de tudo...
E agarras, entre suspiros sussurrados e gemidos de prazer...
A tua eterna agonia...

Até...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Menina-Mulher


Na vida seguimos rumos umas vezes obscuros, outras tão claros como água... turva...

Damos por nós em situações dúbias que, ora nos provocam uma felicidade sem igual e nos devolvem as borboletas de outrora, ora nos deixam num estado de suspensão do qual queremos sair e por muito que tentemos não conseguimos.

Vivi e continuo a viver a minha vida assim: Ou preto ou branco, ou óptimo ou péssimo...

Vivo a vida num estado de constante de excitação para num momento cair numa angustia tal, que desejo pôr termo a tudo.

Menina-Mulher...

Tenho no rosto a alegria de menina e no olhar... o sofrimento de mulher.

Sou feliz... Vivo de mim e para nós...

E aqui vou dar a conhecer o "mim" e o "nós".


Até...